segunda-feira, 9 de março de 2015

Ordem do nascimento entre irmãos

Já sei que mudar os lençóis é a mesma coisa que abanar um sininho e dizer "Festa aqui! Sigam-me!"

Eu lembro-me quando era pequena, e o fascínio era o mesmo!




Este texto é um pequeno resumo sobre o excerto de um livro que estou a ler, Awakening to Child Health de Raoul Goldberg MD.

Apesar de algumas reservas em fazer generalizações, é fácil reconhecer que a ordem do nascimento entre irmãos afeta de forma determinante o desenvolvimento individual, assim como as relações sociais que irão tecer com o mundo.

O Primeiro Filho

O autor fala dos sentimentos de alegria, expetativa, reverência e possessividade que os pais sentem em relação ao primeiro filho. Por ser o primeiro, o primogénito recebe durante algum tempo a atenção exclusiva dos pais e provavelmente, do resto da família. "A sua proximidade com os pais leva-o frequentemente, a vestir o manto da família e assumir de forma natural um sentido de responsabilidade pelas tradições familiares."
Assim, o primeiro filho tende a ser mais orientado para o passado, e a ser um pouco mais conservador. Facilmente assumirá um papel de liderança, relevando ambição e uma posição defensiva pela sua posição superior.

O Segundo Filho

Os pais sentem-se mais relaxados agora que já passaram pela experiência de ter e cuidar de um bebé, assim quando chega o segundo filho, este é recebido de uma forma mais descontraída. Os pais provavelmente serão menos exigentes (e mais realistas..), e assim este filho também terá menos responsabilidades. Neste sentido, existe uma menor ligação às tradições familiares, e o peso do passado exprime-se com mais ligeireza. 
Este filho demonstrará uma maior tendência para viver no presente. É normalmente mais tranquilo, sociável e otimista.

O Terceiro Filho

Ser o terceiro filho implica que os pais estão a repetir a mesma performance pela terceira vez, e isto poderá naturalmente, revelar algum desgaste. O terceiro filho enfrenta ainda a parelha de dois manos mais crescidos que normalmente não facilitam a tarefa, podendo levar a que suscite uma sensação de estar à parte, insegurança, inferioridade e até solidão. Por outro lado, também há a tendência geral de ser um pouco mais mimado, o que aliado a um menor nível de exigência do pais, poderá levar a uma certa ausência do sentido de responsabilidade.
Desta forma, este filho pode ser mais idealista e sonhador. Contudo, caso ultrapasse os seus obstáculos interiores em se sentir vitimizado, este filho pode ser altamente criativo, demonstrando um forte sentido de empatia, que pode ser canalizado na ajuda dos outros.

Luz,
Maria

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