sexta-feira, 13 de março de 2015

Febre, uma outra abordagem





Esta semana foi um pouco dura: a minha escola começou (o que significa alvorada às 5h da manhã..), mas também, constipámo-nos todos, um de cada vez, um sintoma num, outro sintoma noutro, e voilá, tudo engripado!
Quando a recuperação ocorre de uma forma natural, é possível observar como o nosso metabolismo opera de forma diferente. Eles, os pequeninos, têm uma capacidade de resposta imensamente maior. Da mesma maneira que o coraçãozinho deles origina mais batidas por minuto, também eles têm uma resposta à doença muito mais resiliente e vigorosa do que a nossa.
Também me dá que pensar na idade de se aproxima. Antes demorava cerca de 3 a 4 dias a curar uma constipação, porque é que agora são 8 ou 10? Quem é que mexeu nos comandos?! Quando a doença chega, é como que uma mão que segura, que abranda e que, de certa forma, te torna mais humilde.

Aqui vai uma abordagem da febre segundo a Dra. Michaela Glöckler e o Dr. Wolfgang Goebel, no Consultório Pediátrico.

"Febre é uma modificação, sob a forma de crise, da constituição térmica, podendo ser provocada pelas mais diversas causas. Nas crianças, a causa pode ser uma festa de aniversário, uma viagem demorada, uma mudança de tempo, uma constipação anterior, ou um dentinho por nascer. Tudo isso pode afetar o organismo e favorecer a entrada e instalação de agentes patogénicos. 

Experiências em animais demonstram que vírus e bactérias precisam de uma temperatura ideal entre 33ºC e 35ºC — isto é, uma temperatura inferior à do ser humano — para poderem reproduzir-se bem e prejudicar o organismo (...). De forma análoga, também existe uma temperatura ideal (geralmente entre 39ºC e 40ºC) para o organismo humano conseguir impedir a reprodução e matar com maior eficiência os vírus e bactérias que o afetam.
A febre é a arma natural do organismo para defender-se dos agentes patogénicos.
 Um grande número de reações importantes na ativação das defesas do corpo são estimuladas pela febre. A administração de antibióticos interrompe essa atividade própria; por isso eles só devem ser empregados, com sensatez, quando o organismo não consegue reagir contra a infeção, sem levar em conta que os antibióticos não têm efeito contra os vírus mais frequentemente envolvidos nas doenças (..).

O efeito da febre no corpo físico é perfeitamente comparável ao de um bom processo pedagógico: a criança aprendeu algo por esforço próprio. (..) (Ao administrar-se imediatamente um antibiótico) restam poucas possibilidades para o organismo se engajar livremente e lidar, ele próprio, com a doença. Além disso, faltarão a tal organismo a 'elasticidade' e o 'treino' para, numa situação verdadeiramente crítica, desincumbir-se de tarefas bem mais sérias do que as infeções febris."

saúde,
Maria

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