quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Brinquedos de viagem


Mais uma viagem de carro, eu e os miúdos.. bfffffff..
Quando ainda não passámos o primeiro vale de casas e o nosso filho já está a perguntar, "Já chegámos?", torna-se urgente encontrar alternativas de entretenimento móveis. Os livros são sem dúvida um clássico nas nossas viagens, mas ao longo dos tempos tenho vindo a introduzir brinquedos, e vejo que, na sua maioria não pegam. Assim, desta vez reuni o seguinte pack-anti-aborrecimento:

— um caleidoscópio, perfeito para aqueles miúdos que se perdem a observar as cores, os movimentos. Nop, nenhum dos meus, vamos ver como corre..!
— um labirinto com uma caneta magnética para levar as bolinhas ao centro. Sem peças que se perdem assim que vem uma curva.
— plasticina de cera ecológica. Se o Guilherme não a comer toda antes de chegarmos, é uma altura perfeita para moldar, e pode ser que, pelo fato de eu estar com as mãos ocupadas a conduzir, o Gabriel não me peça para moldar objetos, e arrisque ele próprio a fazê-los.
— um conjunto de livros que fiz desaparecer duas semanas antes, como que por magia. Assim, é quase como se fossem novos.
— e ainda, graças às minhas colegas de Literatura para a Infância tenho um conjunto de histórias-audio para crianças, que tenciono passar no rádio do carro quando as coisas começarem a aquecer durante a viagem, hehe.

beijo grande,
Maria

domingo, 25 de janeiro de 2015

Livros que andamos a ler


Great Children's Stories, de Irene Hunt
Este foi um pequeno tesouro que eu encontrei na casa de uma amiga, e que é uma verdadeira delícia para os mais pequeninos. É uma coletânea contos tradicionais: pequenos, normalmente com animais, mas sem serem fábulas, e com repetição, ou seja, existem elementos da ação que se repetem (geralmente 3 vezes, como quando o Lobo foi soprar a casa dos 3 porquinhos, primeiro uma, depois outra, e depois oura). A repetição rítmica presente na ação é um elemento chave para que os mais pequeninos (dos 2 aos 5 anos), principalmente, sejam capazes de receber a inspiração e magia da história.
 
As histórias fantásticas de Nuno e Xana: A ilha feliz, de Rosa Maria Cos
Este livrinho veio diretamente do grande repositório de livros lisboeta: a Feira da Ladra. Foi uma prenda do papá, e faz lembrar uma mistura de Avatar, com o mundo das ciências naturais. Tem direito a submarinos, planetas, foguetões, ilhas perdidas.. O que é que um rapaz mais pode querer?

Pelle's new suit, de Elsa Beskow
Um clássico waldorf. Conta o ciclo da lã, desde que sai da ovelha até chegar ao corpinho de um menino. Tem direito a repetição rítmica (claro!), e desenhos lindíssimos e de uma simplicidade natural.
 
A Aldeia das Amoras: Uma história no Inverno, de Jill Barkley
Um dos meus favoritos, literalmente, este livro era meu quando eu era pequenina. Já saiu de edição em Portugal (quem tiver mais da coleção para vender, eu compro!!). Tem os desenhos mais lindos, mais intricados e perfeitos que eu já vi em ilustração para crianças, e recria hábitos da vida de uma aldeia, no antigamente.

Winter, de Gerda Muller
Outro clássico waldorf. Este não tem letras, nem conta história, e por isso mesmo é perfeito como um primeiro livro: os pais podem inventar a história, contar situações que sejam semelhantes no quotidiano dos pequenitos, fazer sons quando chegam animais. As imagens bastam.

Beijo,
Maria


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Mesa da Estação de Inverno


"É Inverno, está tão escuro e frio ... 
Nunca uma noite tão longa se viu ... 
Tudo se cala, a porta se cerra ... 
Ninguém mais fala do que a noite encerra ... 
As flores murcharam 
Aves emigraram 
E tudo dorme à face da Terra ... 

E é então 
Que debaixo do chão 
Entre as raízes e a confusão 
Algo desperta 
Há gnomos alerta 
Iluminando toda a escuridão 

E devagar 
E pé ante pé 
Descem os gnomos 
Pela chaminé 
E sem ruído 
Falam ao ouvido 
Quando dormimos 
Sem nos acordar 

E contam histórias 
Que fazem sonhar 
Nos sonhos entram 
Ficam a brilhar 
Dão-nos presentes 
Sonhos transparentes 
Sonhos de luz 
Para nos guiar ... 

Chegou a altura 
de irmos à procura 
de uma outra luz que ilumine mais fundo ... 

E brilha enfim 
um Sol dentro de mim 
O mesmo Sol que ilumina o mundo ..." 

Luísa Barreto, Pelo caminho das fadas

domingo, 18 de janeiro de 2015

Branca, alva, pura, clara








De manhã o silêncio é tão profundo.. Quase que se sente o cheiro a neve.

beijo,
Maria

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

À procura dos cristais de gelo














Fizemos uma "excursão" ao bosque para ver como as plantas se vestiram de gelo. Não consegui impedi-los de lamberem todo o gelo que encontraram. O Gabriel estava feliz da vida, "Mamã adorei virmos à procura dos cristais de gelo!". 
O Guilherme mostrou mais uma vez um temperamento destemido a despontar, foram inúmeras as vezes que ele, de forma muito resoluta, avança bosque adentro, à procura de algo que eu não sei (ou não vejo..), sobe e desce, cai e levanta, e continua, sem olhar para atrás. O Gabriel por outro lado, entreteve-se a lamber o gelo do musgo "para as plantinhas não terem frio, porque eu gosto muito delas."
Voltamos a casa cansados e agradecidos, prontos para almoço e sesta.

beijo,
Maria




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Pacificar









Este fim-de-semana foi um verdadeiro prazer.
Ao chegar ao fim do dia, encostei-me à lareira a beber o meu chocolate quente e saboreei os momentos do dia. Fizemos uma "excursão" ao bosque, jogámos ao dominó, moldamos com cera de abelha, fizemos muitos muitos desenhos, e brincamos muito.

O que é que determina que certos dias corram tão bem, e outros tão mal? É o cansaço, meu e deles? O sono? A minha disposição prévia, a alegria existente? Será o conseguir ser mais criativa em determinados dias? Conseguir reinventar a situação, contornar a birra e salvar o dia? Há dias, em que a birra chega ao mesmo tempo que eles, quero dizer, às vezes chega logo de manhã quando acordam, ou assim que saem da carrinha da escola, mesmo antes de entrar em casa. Em muitas situações vejo que pouco consigo intervir, modificar o rumo dos acontecimentos, apenas receber, aguardar. 

A tarefa de pacificar nem sempre surge como fruto de um rasgo de criatividade, apercebo-me que o "flow" do dia, é sim uma simbiose entre tantos fatores do nosso quotidiano, mas é algo mais. É um momento de graça, um momento de bênção, é na grande maioria das vezes, algo que me transcende. É a mão invisível que guia, que conduz, que ameniza.

Em luz e amor,
Maria

domingo, 11 de janeiro de 2015

Luz de Inverno











40ª Semana (5-11 Janeiro) do Calendário da Alma de Steiner
"E, estando nas profundidades do Espírito,
A partir dos mundos de amor do coração,
Nos fundos da minha Alma enche-se
A ilusão das minhas vãs particularidades
Com a força ígnea do Verbo Cósmico."

beijo,
Maria



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Celebrações de Janeiro



Janus ou Jano era o deus grego do Início, era representado com duas faces, uma a olhar para trás, o passado, e outra voltada para a frente, o futuro. A ele era permitido aceder a qualquer coisa que desejasse ver, no passado ou futuro. 
E não é no início do ano que temos esse costume tão particular de avaliar o ano que passou, pesar as concretizações, os desafios e o que ficou por fazer, e, projetando-nos no ano que se avizinha, estabelecemos metas, objetivos, desejos, vontades.
Nesta nossa casa celebramos:

1 - A passagem do ano
6 - Dia de Reis, Epifania aos Reis Magos (12 dias após o Natal)

Luz,
Maria

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Um novo ano, 2015








Depois de um último mês de Dezembro em aceleração constante, sinto-me muito satisfeita por ter resolvido algumas questões práticas com relação ao falecimento da minha mãe, que me andavam a pesar. Sim, ainda não está tudo, mas posso dizer que em meio ano, resolvi a grande maioria das coisas (com muita, muita ajuda. Obrigada papá dos meus filhos, obrigada Taninha do meu coração, obrigada ex-sogrinha, e obrigada anjo da guarda, por toda a ajuda invisível aos olhos físicos).

Em retrospetiva ao ano que passou, é mais do que óbvio que este ano foi dos mais difíceis de ultrapassar, da minha vida. Por vezes parecia aquele filme que nunca mais termina, aquela viagem na montanha russa que nunca mais abranda.. Mas em simultâneo, não consigo deixar de agradecer a multiplicidade, a profundidade, das experiências que vivi. Não tenho dúvida da força, da perseverança, da resiliência que se desenvolveram em mim durante este ano. Não apenas pelo sucedido com a minha mãe, mas pelo desafio constante do dia a dia. A felicidade ou as oportunidades não estão a construir uma casinha ao meu lado, mas sinto uma segurança crescente em mim, que antes não sentia. Nos últimos dois anos apurei a minha vontade, libertei muitas formas de ser em mim, que já não faziam sentido. Sinto que finalmente sei o que quero, o que me faz feliz. E mais do que isso, sinto que não preciso de agir a partir de moldes ultrapassados, sinto uma vontade enorme em me assumir a mim, como sou. 
São os 28-30. O regresso de Saturno.

Bom, bom, já fiz e escrevi as clássicas Resoluções para o Novo Ano de..  2015. Aqui vão elas:

— Estar Presente, Aqui e Agora. Parar. Estar. Estar apenas. Não estar sempre a correr, sempre com a sensação que tenho de correr por algo, para outro lado.
— Andar direita. Coluna erguida.
— Controlar os pensamentos. Trazê-los constantemente ao aqui e agora.
— Quero desfrutar os meus filhos. Divertir-me com os meus filhos.
— Não me queixar do dia a dia. Aceitar a adversidade.
— Meditar todas as noites. Calendário da Alma de Steiner.
— Dizer uma oração com o Gabriel antes de dormir.
— Celebrar a vida.
— Não alimentar pensamentos negativos em relação a nada ou a ninguém.
— Aceitar a vinda da Violeta e do Miau na nossa vida. Dar-lhes carinho. Reconhecê-los.
— Não falar tanto dos meus tesouros como um encargo, uma responsabilidade. Praticar a positividade falando dela.

Um ano pleno de Amor,
Love is all,
Maria
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