sexta-feira, 27 de março de 2015

Limpezas da Primavera: adeus velho!





Durante estas 2 últimas semanas andei um bocadinho louca com as arrumações. Foi uma forte sensação de que tinha que resolver tudo, como uma urgência em resolver a minha vida, tapar todos os buracos, rematar todas as pontas, não deixar nada para amanhã! Será que vou morrer em breve!? Enfim, acordei várias vezes durante a noite, a pensar no que tinha para resolver, nos big issues que se vão acumulando, não por falta de vontade ou atividade, mas porque eu tinha, primeiro, uma certa leviandade no que toca a avaliar a ação das organizações públicas (finanças, segurança social, enfim..), depois, porque tinha e tenho um elevado grau de ingenuidade no que toca a avaliar o caráter das pessoas. Ou seja, as minhas últimas vivências têm-me ensinado que à partida, eu confio em toda a gente, toda a gente me parece mais ou menos bacana e de bom coração. Talvez eu até desconfie que nem tudo é exatamente como me é apresentado, mas ainda não desenvolvi a força interior para assumir essas intuições.

Bom, voltando às arrumações, acabei por fazer uma viagem de 400 km, ida e volta, porque estava com o coração apertado nesta história das pontas soltas, o que me levou a constatar (mais uma vez) duas coisas. Primeira, nunca, mas nunca, se deixam pontas soltas. O que tem que ser feito, faz-se até ao fim. E se é importante, até fundamental para ti, então o melhor é sermos mesmo nós a fazê-lo. Segunda, todos os bens materiais implicam um certo grau de prendimento. Se por um lado implicam conforto ou segurança emocional, por outro, implicam espaço e tempo na tua vida, e assim, mais uma vez, constato que o melhor mesmo, é sermos desprendidos às coisas materiais.

Enchi caixotes e sacos grandes para o lixo e só fui ao primeiro round, fiz uma lista que envolverá mais uns 4 ou 5 rounds. Ou seja, até ao Verão estarei entretida. A boa notícia é que desta vez, quando acabar não existem outras coisas que estão na casa da mãe, avó, tio.. Nop, o que eu tenho, está comigo, e a ideia é que o que está comigo é: o que usamos, o que precisamos, e o que faz falta. Vou abrir uma pequena (pequena!) exceção para um (pequeno!) baú dos meus diários e recordações da infância e adolescência. Enough!

A outra boa constatação, é que sabe tãaaaaaaao bem desfazer-me de coisas. Há algo de libertador..

Leveza,
Maria

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