Não gosto de falar de medos, acho que ao longo da vida também nunca me rendi ao medo, mas o tema saúde/doença na minha condição familiar, assusta-me um pouco. Ora deixa-me cá ver, quando a febre assola, os pensamentos borbulham e assaltam-nos a cabeça, e o meu panorama é este: mãe solteira, filhos pequenos, avó no céu, outra avó nas ilhas, tio longe, avô longe, pai presente-mas-longe, amigos bons-mas-longe... Não, não é animador, e o plano B é repescado de uma sétima ou oitava possibilidade.
Estou aqui há três Invernos, e embora os recorde entre os momentos mais felizes da minha vida, também os recordo como os mais duros. Nunca a minha vida me reclamou tanto. Também é verdade que enquanto aqui estive, me propus a algumas coisas, e outras tantas aconteceram, que vieram a tornar os meus dias um pouco mais exigentes.
Um dia destes acordei doente, e durante dez dias estive com febre e sem me
conseguir afastar da cama. Por coincidência o Guilherme apanhou varicela
do irmão e também teve que ficar em casa. Entretanto tive que mandar o sos ao papá, que felizmente pôde vir ajudar.
A partir de Junho começo a epopeia das mudanças, de volta ao calor, de volta a casa.
Uma pessoa pode conhecer o mundo todo sem andar a correr de um lado para o outro; uma pessoa pode ver o caminho do céu sem olhar pela janela. Quanto mais se avança, menos se sabe.
Lao Tzu
Saúde,
Maria
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