quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bricolagem


Em volta de pregos, serras, tintas e madeiras, as nossas mãos têm andado muuuuito ocupadas. Eu tenho um forte fascínio pelo velho, pelo imenso poder criativo de transformar algo velho, em novo. Falta-me a mestria, o toque de experiência rumo à perfeição, mas sobra-me a vontade.
Nestes últimos dias, conseguimos a proeza de bricolar em grande harmonia. Sem pressas, com muitas paragens, muitos entretantos. Uma demão de verniz e amassar a pizza, manhã a bricolar, tarde a nadar. Os miúdos gravitam à minha volta enquanto trabalho e os mimos são alternados com hard work.

Desfiz a casa deles de madeira, que já não era usada para brincar, e planeio reutilizar cada pedaço de madeira. Para já, comecei com um canteiro de aromáticas. Fiquei tão, tão contente com ele. Temos mirtilos, oregãos, lúcia-lima, beldroegas, salsa, tomilho-limão, lavanda, morangueiros, e três catos diferentes!! Estou a torcer para que resistam ao Inverno..! Entretanto, finalmente revitalizei o triciclo vintage que me custou 7,5 € em segunda-mão. Um triciclo de ferro, resistente, como os de antes. Ah, ficou cor-de-rosa porque era o único spray colorido que havia em casa. A cadeira de bebé também foi outra compra em segunda-mão, mas estava com uma cores demasiado playground para o meu gosto pessoal. E a mesa desdobrável foi a primeira mesa de cozinha que os meus pais compraram ainda recém-casados (ninguém sabe como é que durou este tempo todo..), e eu resolvi limpar-lhe a ferrugem, e dar-lhe um ar mais orgânico com um tampo de madeira de verdade.

Trabalhar com crianças em redor, implica alguma paciência. Aquilo que levaria uma manhã de trabalho, converte-se em 5 dias. As tarefas fundem-se umas com as outras, e em vez de começar um projeto e levá-lo até ao fim, a ordem de trabalhos é estabelecida de acordo com as rotinas diárias de refeições-sono. Assim, é preciso estar muito presente no que está a acontecer, e saber reconhecer quando é hora de deixar algo inacabado, porque o almoço se aproxima. É engraçada a quantidade de vezes que as mãos passam por água, para limpar tinta, cheiro a refogado, poeira, molho de tomate, farinha, terra, decapante, etc, etc, etc.
Depois, há que ter em conta, que certas tarefas dificilmente darão resultado quando feitas com eles (como pintar a cadeira de branco), pelo que só podemos fazê-las quando estão a dormir. E outras, não podem ser feitas durante as horas de sono (como usar a serra elétrica).
No final, vale a pena.

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